Fonte infalível de instrução
Depois da Bíblia deve a natureza ser o nosso grande guia. -- Testimonies for the Church 6:185.
Para a criança, ainda incapaz de aprender pela página impressa, ou tomar parte nos trabalhos de uma sala de aulas, a natureza apresenta uma fonte infalível de instrução e deleite. O coração que ainda não se acha endurecido pelo contato com o mal está pronto a reconhecer aquela Presença que penetra todas as coisas criadas. O ouvido, ainda não ensurdecido pelo clamor do mundo, é atento à Voz que fala pelas manifestações da natureza. E para os de mais idade, que necessitam continuamente dessa silenciosa lembrança das coisas espirituais e eternas, as lições tiradas da natureza não serão uma fonte inferior de prazer e instrução. -- Educação, 100.
Usado como manual no Éden
Todo o mundo natural destina-se a ser um intérprete das coisas de Deus. Para Adão e Eva, em seu lar edênico, a natureza estava repleta do conhecimento de Deus, cheia de instrução divina. Para seus ouvidos atentos, ela como que ecoava a voz da sabedoria. A sabedoria falava aos olhos, e era recebida no coração; pois eles entretinham comunhão com Deus por meio de Suas obras criadas. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 186.
O livro da natureza, que estendia suas lições vivas diante deles, ministrava uma fonte inesgotável de instrução e deleite. Em cada folha da floresta, ou pedra das montanhas, em cada estrela brilhante, na Terra, no mar e no céu, estava escrito o nome de Deus. Tanto com a criação animada como com a inanimada, ou seja, com a folha, flor e árvore, ou com todos os viventes desde o leviatã das águas até ao menor animal em um raio de luz, conversavam os habitantes do Éden, conhecendo de cada um o segredo de seu viver. A glória de Deus nos céus, os incontáveis mundos nas suas sistemáticas revoluções, o "equilíbrio das grossas nuvens" (Jó 37:16), os mistérios da luz e do som, do dia e da noite -- tudo era objeto para estudo, aos alunos da primeira escola terrestre. -- Educação, 21.
Mais lições desde a queda
Se bem que a terra estivesse maculada pela maldição, a natureza devia ainda ser o guia do homem. Não poderia agora representar apenas bondade; pois o mal se achava presente em toda a parte, manchando a terra, o mar e o ar, com seu contato corruptor. Onde se encontrara escrito apenas o caráter de Deus, o conhecimento do bem, agora se achava também escrito o caráter de Satanás, a ciência do mal. Pela natureza, que agora revelava o conhecimento do bem e do mal, devia o homem ser continuamente advertido quanto aos resultados do pecado. -- Educação, 26.
A natureza ilustra as lições da Bíblia
Muitas ilustrações da natureza são empregadas pelos escritores da Bíblia; e, observando as coisas do mundo natural, habilitamo-nos, sob a guia do Espírito Santo, para compreender mais amplamente as lições da Palavra de Deus. -- Educação, 120.
No mundo natural, Deus colocou nas mãos dos filhos dos homens a chave para abrir a tesouraria de Sua Palavra. O invisível é ilustrado pelo visível; a sabedoria divina, a eterna verdade, a graça infinita, são compreendidas pelas coisas que Deus fez. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 187, 188.
Devem-se animar as crianças a buscar na natureza objetos que ilustrem os ensinos da Bíblia, e estudar nesta as semelhanças tiradas daquela. Devem procurar, tanto na natureza como na Escritura Sagrada, todos os objetos que representem a Cristo, e também os que Ele empregou para ilustrar a verdade. Dessa maneira, poderão aprender a vê-Lo na árvore e na videira, no lírio e na rosa, no Sol e na estrela. Poderão aprender a ouvir a Sua voz no canto das aves, no sussurro das árvores, no retumbante trovão, na música do mar. E todos os objetos na natureza repetir-lhes-ão Suas preciosas lições.
Aos que assim se familiarizam com Cristo, a Terra jamais será um lugar solitário e desolado. Será a casa de seu Pai, repleta da presença dAquele que uma vez habitou entre os homens. -- Educação, 120.
A Bíblia interpreta os mistérios da natureza
A própria criança, quando em contato com a natureza, terá motivos para perplexidade. Não poderá deixar de reconhecer a operação de forças opostas. Aqui é que a natureza necessita de um intérprete. Olhando para o mal, manifesto mesmo no mundo natural, todos têm a mesma triste lição a aprender: "Um inimigo é quem fez isso." Mateus 13:28.
Apenas à luz que resplandece do Calvário, o ensino da natureza pode ser apreendido corretamente. Por meio da história de Belém e da cruz, mostre-se quão bom é vencer o mal, e como cada bênção que nos vem é um dom da redenção.
Na sarça e no espinho, nos cardos e no joio, acha-se representado o mal que macula e deslustra. No pássaro canoro e na florescência, na chuva e no raio de sol, na brisa e no orvalho brando, em milhares de coisas na natureza, desde o carvalho da floresta até à violeta que floresce à sua raiz, vê-se o amor que restaura. A natureza ainda nos fala da bondade de Deus. -- Educação, 101.
Lições na sala de aula ideal
Como os moradores do Éden aprendiam nas páginas da natureza, como Moisés discernia os traços da escrita de Deus nas planícies e montanhas da Arábia, e o menino Jesus nas colinas de Nazaré, assim poderão os filhos de hoje aprender acerca dEle. O invisível acha-se ilustrado pelo visível. -- Educação, 100.
Cultivar o amor à natureza
Que a mãe... ache tempo para cultivar em si mesma e nos filhos o amor às coisas belas da natureza! Chame-lhes a atenção para as glórias espalhadas pelo céu, para os milhares de formas de beleza que adornam a Terra e então lhes fale dAquele que a todas fez. Assim poderão guiar ao Criador os espíritos jovens, despertando-lhes no coração a reverência e o amor ao Doador de toda bênção. Os campos e as colinas -- a câmara de audiência da natureza -- devem ser a sala de aula das crianças. Seus tesouros devem ser o manual. As lições assim inculcadas em sua mente não serão logo esquecidas. ...
Os pais podem fazer muito para ligar os filhos a Deus, incentivando-lhes o amor às coisas da natureza que Ele lhes tem dado, e a reconhecer a mão do Doador em tudo que recebem. Cedo, pode assim o solo do coração ser preparado para o lançamento de preciosas sementes da verdade, que a seu tempo brotarão e darão rica colheita. -- The Signs of the Times, 6 de Dezembro de 1877.
Unir-se aos pássaros em cânticos de louvor
As crianças devem, especialmente, estar em contato íntimo com a natureza. Em vez de se porem sobre elas as algemas da moda, achem-se elas livres, como os cordeiros, para que brinquem à suave e amena luz solar. Mostrem-se-lhes os arbustos e flores, a relva rasteira e as altaneiras árvores, e familiarizem-se com suas lindas, variadas e delicadas formas. Ensinai-as a ver a sabedoria e o amor de Deus em Suas obras criadas; e, expandindo-se-lhes o coração com alegria e grato amor, unam-se elas aos pássaros em seus cânticos de louvor.
Educai as crianças e jovens a considerarem as obras do Artista por excelência, e imitar as graças atrativas da natureza na edificação de seu caráter. Quando o amor de Deus conquistar seu coração, introduzam elas em sua vida a beleza da santidade. Assim farão uso de Suas capacidades a fim de abençoarem os outros e honrarem a Deus. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 188.
Da natureza apontar ao Deus da natureza
Os filhos precisam receber lições que neles incentive a coragem para resistir ao mal. Da natureza, apontai-lhes o Deus da natureza, e assim se tornarão familiarizados com o Criador. Como poderei ensinar melhor aos meus filhos a servir e glorificar a Deus? Deve ser essa a pergunta que ocupe o espírito dos pais. Se todo o Céu está interessado no bem-estar da raça humana, não deveríamos ser diligentes em fazer tudo o que estiver em nossas forças para o bem-estar de nossos filhos? -- Manuscrito 29, 1886.
O estudo da natureza fortalece a mente
A glória de Deus se revela nas obras de Suas mãos. Eis aqui mistérios cujo exame fortalecerá a mente. As mentes que têm sido usadas e abusadas pela leitura de ficção poderão ter na natureza um livro aberto e ler a verdade nas obras de Deus, que as rodeiam. Todos poderão achar temas para estudo na simples folha da árvore da floresta. A haste da grama que cobre a terra com seu verde tapete de veludo, as plantas e flores, as majestosas árvores da floresta, as montanhas altaneiras, as rochas de granito, o oceano revolto, as preciosas gemas de luz que enfeitam os céus para embelezar a noite, as inesgotáveis riquezas da luz solar, as solenes glórias da Lua, o frio hibernal, o calor do verão, as estações que mudam e se repetem em perfeita ordem e harmonia, controladas pelo poder infinito; eis assuntos que exigem profunda meditação para desenvolver a imaginação.
Se o frívolo e amante dos prazeres permitir que a mente se demore sobre o que é real e verdadeiro, o coração não poderá deixar de se encher de reverência e adorará ao Deus da natureza. A contemplação e o estudo do caráter de Deus, conforme é revelado nas obras por Ele criadas, abrirá um campo de meditação que afastará a mente dos divertimentos vulgares, degradantes e debilitantes. O conhecimento das obras e caminhos de Deus, só poderemos começar a obter neste mundo; o estudo será continuado por toda a eternidade. Deus tem provido para o homem assuntos para meditação que porão em atividade cada faculdade da mente. Podemos ler o caráter do Criador nos céus em cima e na Terra em baixo, enchendo o coração de gratidão e ações de graças. Cada nervo e sentido atenderá à expressão do amor de Deus em Suas maravilhosas obras. -- Testimonies for the Church 4:581.
A natureza e a Bíblia eram os manuais de Jesus
Sua educação [de Jesus] foi recebida das fontes indicadas pelo Céu, do trabalho útil, do estudo das Escrituras, da natureza e das experiências da vida -- os livros divinos, cheios de instruções para todos quantos neles põem mãos voluntárias, olhos atentos e coração sensível. -- A Ciência do Bom Viver, 400.
Sua familiarização com as Escrituras mostra quão diligentemente os primeiros anos de Sua vida foram consagrados ao estudo da Palavra de Deus. E perante Ele estendia-se a grande biblioteca das obras criadas por Deus. Aquele que fizera todas as coisas, estudou as lições que Sua própria mão escrevera na terra, no mar e no céu. Desviado dos profanos métodos do mundo, adquiriu da natureza acumulados conhecimentos científicos. Estudava a vida das plantas e dos animais bem como a dos homens. Desde a mais tenra idade, possuía-O um único desígnio: vivia para beneficiar os outros.
Para isso, encontrava recursos na natureza; novas idéias de meios e modos brotavam-Lhe da mente, ao estudar a vida das plantas e dos animais. ...
Assim se revelava a Jesus o significado da Palavra e das obras de Deus, ao buscar compreender a razão das coisas. Os seres celestiais serviam-Lhe de assistentes, e cultivava santos pensamentos e comunhão. Desde os primeiros clarões da inteligência, foi sempre crescendo em graça espiritual e no conhecimento da verdade.
Toda criança pode adquirir conhecimento como Jesus o adquiriu. Ao procurarmos relacionar-nos com nosso Pai celestial através de Sua Palavra, anjos se achegarão a nós, nossa mente será fortalecida, nosso caráter elevado e apurado. -- O Desejado de Todas as Nações, 70, 71.
Mais tarde usado por ele em seus ensinos
O grande Ensinador levou Seus ouvintes em contato com a natureza, para que pudessem ouvir a voz que fala em todas as coisas criadas; e, abrandando-se-lhes o coração e tornando-se-lhes impressionável a mente, auxiliava-os a interpretar o ensino espiritual das cenas sobre as quais repousavam seus olhos. As parábolas, por meio das quais gostava de ensinar lições de verdade, mostram quão aberto era o Seu espírito às influências da natureza, e como Ele Se deleitava em tirar ensinos espirituais do ambiente da vida diária.
Os pássaros no ar, os lírios do campo, o semeador e a semente, o pastor e as ovelhas -- eis com que Cristo ilustrou verdades imortais. Ele tirou também ilustrações dos acontecimentos da vida, e fatos da experiência particular aos ouvintes: o fermento, o tesouro escondido, a pérola, a rede de pescar, a moeda perdida, o filho pródigo, a casa sobre a rocha e sobre a areia. Em Seus ensinos, havia algo para interessar a todo espírito, para apelar a todo coração. Assim, a lida diária, em vez de ser mera rotina de labutas, despojada de pensamentos elevados, iluminava-se e erguia-se pelas constantes lembranças de coisas espirituais e invisíveis.
Dessa maneira devemos ensinar. Que aprendam as crianças a ver na natureza uma expressão do amor e da sabedoria de Deus; que o pensamento a respeito dEle se entrelace com pássaros, flores e árvores; que todas as coisas visíveis se tornem para elas os intérpretes do invisível, e todos os acontecimentos da vida sejam os meios para o ensino divino!
Aprendendo assim a estudar as lições que há em todas as coisas criadas, e em todas as experiências da vida, mostrai-lhes que as mesmas leis que dirigem as coisas na natureza e os fatos da vida são as que nos governam; que foram dadas para o nosso bem, e que unicamente na obediência às mesmas podemos encontrar a verdadeira felicidade e êxito. -- Educação, 102, 103.