Quem dera que eu pudesse manejar a língua de maneira a exprimir claramente a importância da devida administração de nossas escolas! Todos devem compreender que essas escolas são instrumentos do Senhor, instrumentos por meio dos quais Ele quer Se tornar conhecido aos homens. Necessitam-se por toda parte homens e mulheres que sirvam de condutos de luz. A verdade de Deus deve ser levada a todas as terras, para que os homens sejam iluminados por ela.
Como um povo que possui avançada luz, devemos imaginar meios para desenvolver um exército de missionários educados para participar dos vários departamentos da obra de Deus. Precisamos de jovens de ambos os sexos bem disciplinados e cultos, em nossos sanatórios, na obra médico-missionária, nos escritórios de publicações, nas Associações dos vários Estados, bem como no campo em geral. Necessitamos de rapazes e moças que, possuindo elevada cultura intelectual, estejam habilitados a fazer a melhor obra para o Senhor. Temos feito alguma coisa no sentido de atingir essa norma, mas ainda estamos muito aquém daquilo que o Senhor tem em vista. Como igreja, como indivíduos, se queremos estar limpos no juízo, cumpre-nos fazer maiores esforços para o preparo de nossos jovens, a fim de estarem mais aptos para os diversos ramos da grande obra confiada a suas mãos. Como um povo possuidor de grande luz, devemos fazer planos sábios de maneira que a mente dos que são dotados de talento seja robustecida, disciplinada e polida, de modo que a obra de Cristo não seja prejudicada por falta de obreiros capazes, que façam seu trabalho com diligência e fidelidade.
Alguns se contentariam com a esmerada educação de uns poucos dos mais promissores dentre nossos jovens; mas todos eles necessitam educar-se a fim de estarem aptos para ser úteis na vida, habilitados para lugares de responsabilidade, tanto na vida particular como na pública. Há grande necessidade de que se façam planos para que haja grande número de obreiros competentes, e muitos se devem habilitar como professores, de modo que outros venham a ser preparados e disciplinados para a grande obra do futuro. A igreja deve avaliar a situação e, por sua influência e recursos, procurar promover esse tão desejado objetivo.
Livre de dívidas
A fim de que nossas escolas possam realizar nobremente o desígnio para que foram estabelecidas, devem estar livres de dívidas. Não se deve permitir que pese sobre elas o pagamento de juros. No estabelecimento de escolas missionárias para obreiros, e especialmente nos campos novos, em que são poucos os irmãos e limitados seus recursos, é melhor, em vez de retardar a obra, tomar dinheiro emprestado de amigos desse empreendimento; mas sempre que seja possível, consagrem-se nossas instituições livres de débitos.
O Senhor tem recursos para Sua obra nas mãos de Seus mordomos; e enquanto as escolas tiverem dívidas contraídas para sua fundação, para construírem-se os necessários edifícios, e proverem-se as precisas instalações, é nosso dever apresentar o caso aos irmãos, e pedir-lhes que diminuam esses débitos. Nossos pastores devem preocupar-se com essa obra. Cumpre-lhes animar todos a trabalhar harmonicamente, e a auxiliar segundo suas possibilidades. Caso essa obra houvesse sido empreendida com fidelidade e diligência anos atrás, as dívidas de nossas escolas mais antigas já há muito poderiam haver sido saldadas.
Economia
Na construção dos edifícios escolares, em seu mobiliário, bem como em todo aspecto de sua administração, cumpre exercer a mais estrita economia. Nossas escolas não devem ser conduzidas segundo qualquer plano estreito ou egoísta. Devem assemelhar-se o mais possível a um lar, e ensinar em todos os aspectos lições corretas de simplicidade, utilidade e economia.
Os estudantes se acham em nossas escolas a fim de receber especial preparo para se relacionarem com todos os ramos de serviço, de modo que, se tiverem que sair como missionários, contem consigo mesmos e sejam capazes, por meio de sua aprimorada habilidade, de se proverem com os necessários recursos. Quer sejam homens ou mulheres, devem aprender a remendar, lavar e manter as próprias roupas em ordem. Devem poder cozinhar suas refeições. Estar familiarizados com a agricultura e serviços mecânicos. Assim poderão diminuir suas despesas e, por seu exemplo, incutir princípios de economia e equilíbrio. Tais lições serão melhor ensinadas onde se exercita conscienciosamente a economia em tudo.
Não somente para benefício financeiro das escolas, mas também como educação para os estudantes, a economia deve ser fielmente considerada, conscienciosa e diligentemente exercida. Cuidem os dirigentes em todos os pontos, para que não haja desnecessária despesa, que venha ocasionar um encargo de dívida à escola. Todo aluno que ama a Deus acima de tudo, cooperará aceitando responsabilidades a esse respeito. Os que foram educados em assim fazer podem demonstrar, por preceito e por exemplo, àqueles com quem se põem em contato, os princípios ensinados por nosso abnegado Redentor. A condescendência consigo mesmo é um grande mal e precisa ser vencida.
Alguns têm sido relutantes para dar a conhecer aos alunos as dificuldades financeiras das escolas; mas será muito melhor que eles vejam e compreendam a falta de meios, pois serão assim capazes de ajudar no fazer economia. Muitos dos que vêm às nossas escolas originam-se de lares pobres, e foram acostumados a comer comida simples, sem muita variedade. Que influência terá nosso exemplo sobre esses? Ensinemo-lhes que, ao passo que temos tantos modos de gastar nossos recursos, enquanto milhares estão perecendo à míngua, morrendo de peste, de fome, por derramamento de sangue ou pelo fogo, cabe a cada um de nós considerar cuidadosamente não adquirir coisas desnecessárias simplesmente para satisfazer o apetite ou por amor da aparência.
Caso nossas escolas sejam bem orientadas, não acumularão débitos, os alunos terão conforto, e a mesa será provida com bastante alimento bom e nutritivo. Nossa economia nunca deveria ser daquela espécie que leve a alimentar os alunos de modo deficiente. Eles devem ter abundância de alimento saudável. Ajuntem, porém, os encarregados da cozinha as sobras, para que nada se perca.
Ensinem-se os alunos a conservarem cuidadosamente o que lhes pertence, bem como o que é da escola. Importa fazê-los compreender o dever de limitarem toda despesa desnecessária, seja na escola, seja quando viajam indo para casa ou vindo. A abnegação é coisa essencial. Precisamos dar ouvidos às instruções dadas, porque estamos nos aproximando do fim do tempo. Seremos cada vez mais obrigados a planejar, criar e fazer economia. Não podemos dirigir como se tivéssemos um banco de onde pudéssemos sacar em ocasião de emergência; portanto não devemos nos meter em dificuldades. Como indivíduos e administradores das instituições do Senhor, teremos de cortar necessariamente tudo quanto tenha como objetivo a mera ostentação, pondo as despesas dentro dos estreitos limites de nossas rendas.
Boa administração
A administração financeira de algumas de nossas escolas pode ser grandemente melhorada. Mais sabedoria e mais capacidade mental devem ser empregadas no trabalho. Cumpre introduzir melhores métodos práticos a fim de deter o aumento de despesas, o que daria em resultado o meter-se em dívidas. Em Battle Creek e College View têm-se empregado demasiado capital em prédios e foi gasto mais que o necessário para mobiliar os internatos.
Quando os diretores de uma escola verificam que ela não está satisfazendo as despesas correntes, e estão-se contraindo dívidas, devem proceder como os equilibrados homens de negócio, e mudar seus métodos e planos. Quando se demonstra ao fim de um ano que a administração financeira foi errada, dê-se ouvido à voz da sabedoria. Haja decidida reforma. Os professores devem manifestar excelência cristã no pensar e planejar séria e solidamente para melhorar a situação. Cumpre-lhes aderir de coração aos planos do administrador, partilhando-lhe as preocupações.
Despesas de educação
Em algumas de nossas escolas, o preço da instrução tem sido demasiado baixo. Isso tem sido em muitos sentidos prejudicial ao trabalho educativo. Tem trazido compromissos desanimadores; lançado sobre a administração contínua suspeita de não calcularem bem, de falta de economia e de planejar erroneamente; isso tem causado desânimo aos professores, levando o povo a exigir preços correspondentemente baixos em outras escolas. Seja qual for o motivo que tenha levado a tornar os preços do custo escolar abaixo do custo de vida, o fato de a escola estar ficando grandemente atrasada é suficiente razão para reconsiderar os planos, e ajustar o que ela cobra de maneira a produzir futuramente outros resultados. A quantia cobrada pela mensalidade escolar, dormitório e refeições deve ser suficiente para pagar os salários do corpo docente, prover a mesa com abundância de comida saudável e nutritiva, manter o mobiliário dos quartos, atender à conservação dos edifícios e a outras despesas operativas necessárias. Isso é questão importante, e não admite cálculos estreitos, mas uma verificação completa. É preciso o conselho do Senhor. A escola deve ter renda suficiente, não só para pagar as necessárias despesas operativas, mas para poder prover aos alunos, durante o período escolar, aquilo que é essencial ao seu trabalho.
Importa não acumular dívidas período após período. A mais importante educação a ser ministrada é fugir de incorrer em dívidas, como se evita a doença. Quando passa ano após ano, e não há sinal de diminuir a dívida, antes aumentando, é preciso parar. O diretor deve dizer: "Recusamo-nos a prosseguir na administração da escola, a menos que se imagine um sistema eficaz." Seria melhor, muito melhor, fechar a escola até que os líderes aprendessem a ciência de administrá-la de forma viável. Por amor de Cristo, como o povo escolhido de Deus, apliquemo-nos ao trabalho e iniciemos um sistema financeiro sustentável em nossas escolas.
Sempre que se torna preciso elevar os preços, em qualquer escola, seja primeiro o assunto exposto aos patrocinadores dessa escola, mostrando-lhes que as entradas estão muito baixas e que, em resultado, estão acumulando dívidas sobre a instituição, prejudicando e entravando seu funcionamento. Talvez uma elevação dos preços ocasione diminuição na matrícula, mas o maior número de alunos não deveria ser maior motivo de regozijo do que a libertação do débito.
Um dos resultados das baixas taxas escolares em Battle Creek tem sido o ajuntamento de maior número de alunos e de famílias do que é prudente em um lugar. Se dois terços do povo de Battle Creek estivessem em outros lugares, teriam espaço para se desenvolver. Maior proveito haveria se parte do tempo e da energia dedicados à escola maior de Battle Creek a fim de conservá-la em razoáveis condições houvesse sido empregada em outras localidades onde há margem para empreendimentos agrícolas a serem promovidos como parte da educação. Se houvesse boa vontade para seguir os caminhos do Senhor, muitos estabelecimentos estariam agora florescendo em outros lugares.
Repetidamente nos tem vindo a palavra do Senhor, dizendo que deveriam existir outros estabelecimentos, tanto igrejas como escolas, em outras localidades, que há demasiado peso de responsabilidades em um lugar. Que o povo saia dos grandes centros e estabeleça pólos de interesse em outros lugares, é a recomendação feita. Houvessem essas instruções sido atendidas e sido distribuídos os recursos, o dinheiro gasto nos edifícios a mais em Battle Creek teria sido suficiente para construir dois novos edifícios em outras localidades, e os três estariam crescendo e dando frutos como não se têm visto, por que os homens preferiram seguir sua própria sabedoria.
Dizem os irmãos que pastores e pais alegam que há dezenas e dezenas de jovens em nossas fileiras que necessitam das vantagens oferecidas em nossas escolas missionárias, os quais não as podem estudar a menos que as mensalidades sejam menores. Mas os que pleiteiam preços mais baixos devem ponderar cuidadosamente todos os lados da questão. Se os alunos não podem por si mesmos dispor de suficientes recursos para pagar o custo real de um bom e fiel trabalho em sua educação, não seria melhor que os pais, amigos, as igrejas a que eles pertencem ou irmãos de coração generoso e liberal da Associação à qual pertencem os ajudassem, do que se trouxesse sobre a escola um fardo de dívidas? Seria muito melhor insistir com os muitos patrocinadores da instituição partilharem as despesas do que ficar a escola com débitos.
É preciso encontrar métodos de impedir a acumulação de dívidas sobre nossas instituições. Não se deve permitir que toda a causa sofra em virtude de compromissos que nunca serão saldados a menos que haja inteira mudança, e o trabalho seja levado avante de forma diferente. Que todos quantos tiveram parte em permitir que essa nuvem de débitos baixasse sobre eles, sintam agora ser seu dever fazerem o que lhes for possível a fim de a dissipar.
Auxílio a alunos merecedores
Às igrejas das diferentes localidades cumpre sentir que repousa sobre elas solene responsabilidade de preparar os jovens e cultivar os talentos para se empenharem em obra missionária. Quando vêem na igreja rapazes ou moças promissores de virem a tornar-se úteis obreiros, mas que não podem se manter na escola, devem assumir a responsabilidade de os mandar a uma de nossas escolas missionárias. Há nas igrejas pessoas com excelente capacidade, as quais precisam ser encaminhadas para o serviço. Pessoas que realizariam ótimo trabalho na vinha do Senhor, mas muitas são demasiado pobres para, sem assistência, obter a educação de que necessitam. As igrejas devem considerar um privilégio tomar parte em custear as despesas dessas pessoas.
Quem tem no coração a verdade, tem sempre a alma aberta, ajudando no que é necessário. Essas pessoas abrem o caminho, e outras seguem seu exemplo. Caso haja alguns que devam ser ajudados na escola, pois não podem pagar toda a despesa escolar, mostrem as igrejas sua liberalidade ajudando a tais pessoas.
Além disso, deve ser constituído em cada Associação um fundo para emprestar a dignos estudantes pobres que desejam se consagrar à obra missionária; e em alguns casos devem mesmo receber como dádiva. Quando foi iniciado o colégio de Battle Creek, foi formado no escritório da Review and Herald um fundo para o benefício dos que desejassem preparar-se, mas não tivessem meios. Isso foi usado por vários estudantes, até que conseguissem um bom impulso; depois pagavam de seus ganhos o que haviam retirado, de modo que outros tivessem por sua vez o benefício daquele fundo. É preciso que os jovens compreendam claramente que se devem esforçar o quanto possível para abrir o próprio caminho, pagando assim em parte as próprias despesas. O que custa pouco, pouco também será apreciado. Mas o que envolve um custo mais ou menos aproximado a seu real valor, será proporcionalmente estimado.
Ensinar a depender de si mesmo
Por preceito e por exemplo, devemos ensinar a abnegação, a economia, a generosidade, o esforço próprio. Todo aquele que possui caráter verdadeiro, estará habilitado a enfrentar as dificuldades, e pronto para atender a um "Assim diz o Senhor". Os homens não se acham preparados para compreender sua obrigação para com Deus enquanto não houverem aprendido na escola de Cristo a usar o jugo da economia e obediência. O sacrifício faz parte das iniciativas de nossa obra para promover a verdade e estabelecer instituições. Constitui parte essencial da educação. O sacrifício deve tornar-se habitual em toda a edificação de nosso caráter nesta vida, se desejamos ter um edifício não feito com mãos e eterno, no Céu.
A juventude está exposta a muitos perigos em virtude de errôneas idéias relativas ao uso do dinheiro. Não devem os jovens ser supridos com dinheiro como se houvesse inesgotável abastecimento de onde pudessem tirar interminavelmente para satisfação de toda suposta necessidade. O dinheiro é para ser considerado um dom de Deus a nós confiado para efetuar Sua obra, promover-Lhe o reino, e os jovens devem aprender a restringir os próprios desejos. Eles têm de entender que ninguém deve corromper suas faculdades ao agradar-se e satisfazer-se a si mesmo. Aqueles a quem Deus dotou de habilidade para adquirir meios se acham para com Ele na obrigação de empregar esses meios, mediante a sabedoria comunicada pelo Céu, para a glória de Seu nome. Todo dinheiro gasto para satisfação própria, ou dado a amigos prediletos que o vão gastar para satisfação do orgulho e do egoísmo, é roubado do tesouro de Deus. O dinheiro gasto em roupas para agrado pessoal é tanto, que poderia haver sido empregado para promover a obra de Deus em novos lugares. Oh! se Deus desse a todos um verdadeiro senso do que significa ser cristão! É ser semelhante a Cristo, e Cristo não viveu para agradar a Si mesmo.
O dever de nossas associações
As Associações desejam receber de nossas escolas obreiros educados e bem preparados, por isso devem dispensar-lhes um apoio mais caloroso e inteligente. Tem sido comunicada positiva luz para que os que ministram em nossas escolas ensinando a Palavra de Deus, explicando as Escrituras, educando os alunos nas coisas divinas, sejam sustentados com o dinheiro do dízimo. Essas instruções foram dadas há muito tempo, e mais recentemente têm sido reafirmadas.
Onde quer que sejam estabelecidas escolas, devem ser colocados diretores sábios, "homens capazes, tementes a Deus, homens de verdade, que aborreçam a avareza" (Êxodo 18:21), homens que façam tudo quanto lhes é possível nas várias responsabilidades de sua posição. Devem ser dotados de capacidade para os negócios, porém é ainda de maior importância que andem humildemente diante de Deus e sejam guiados pelo Espírito Santo. Esses homens serão ensinados por Deus, e buscarão conselho de irmãos acostumados a orar.
Os que dirigem nossas escolas devem trabalhar impelidos por motivos puros. Em sua abnegação, se lembrarão de que outras partes da grande seara têm necessidade dos mesmos recursos que a sua escola. Lembrarão, em todos os planos, que a igualdade e a unidade devem ser preservadas. Hão de calcular cuidadosamente o custo de todo empreendimento, e se esforçarão por não gastar tão grande soma de dinheiro que privem outros campos dos necessários recursos.
Muito freqüentemente pastores têm sido levados a assumir responsabilidades para as quais de maneira alguma estavam aptos. Tais encargos devem ser colocados sobre homens dotados de tato comercial, que podem se dedicar aos negócios, que podem visitar as escolas e manter um relatório das condições financeiras, e que também estão aptos a dar instruções quanto a manter a contabilidade. O trabalho da escola deve ser inspecionado várias vezes por ano. Desempenhem os pastores o papel de conselheiros, mas não se coloque sobre eles as responsabilidades financeiras.
Inspeção pelo revisor da associação geral
A luz que me foi dada pelo Senhor é que homens prudentes, homens de habilidade financeira, visitem nossas escolas em todos os países e mantenham o controle de sua situação econômica. Esse assunto não deve ser deixado a cargo dos pastores ou dos membros da comissão, que não dispõem de tempo para assumir esse encargo. Tampouco se deve pôr sobre os professores essa responsabilidade. Essas questões de negócios escolares exigem talento que ainda não foi provido.
Caso os dirigentes houvessem exercitado clara percepção no passado, as desanimadoras condições financeiras que tanto têm estorvado a Causa nos últimos anos nunca teriam existido.
Se nossa obra educacional houvesse sido levada avante em harmonia com as instruções dadas, não pairaria hoje sobre nossas instituições a pesada sombra das dívidas.
As finanças das escolas de igreja
Os mesmos princípios que, quando seguidos, trazem êxito e bênçãos a nossas escolas e colégios missionários, devem reger nossos planos quanto às escolas junto às igrejas. Que todos partilhem das despesas. Cuide a igreja que todos quantos devem receber os benefícios da escola a freqüentem realmente. As famílias pobres devem ser ajudadas. Não podemos nos chamar verdadeiros missionários, se negligenciarmos aqueles que, mesmo às nossas portas, se encontram na idade mais crítica, necessitados de nosso auxílio a fim de adquirir conhecimento e experiência que os habilitem para o serviço de Deus.
O Senhor quer que façamos os maiores esforços na educação de nossos filhos. Genuína obra missionária feita por professores diariamente ensinados por Deus, traria muitas almas ao conhecimento da verdade tal como é em Jesus, e as crianças assim educadas comunicarão a outros a luz e o conhecimento recebidos. Darão os membros da igreja os meios necessários para avançar a causa de Cristo entre os outros, deixando os próprios filhos promoverem o serviço e obra de Satanás?
Ao serem estabelecidas as escolas junto às igrejas, o povo de Deus verificará que é para eles valiosa educação o aprenderem a dirigir uma escola de maneira que venha a ser um êxito no sentido financeiro. Caso isso não possa ser conseguido, fechem a escola até que, com o auxílio de Deus, haja planos adequados para levá-la avante sem a mancha de débitos. Os livros devem ser revisados uma, duas e três vezes anualmente, por homens de habilidade financeira, de modo a verificar-se o verdadeiro estado da escola, e ver que não tenham lugar aí grandes despesas que venham a resultar em acumulação de compromissos. Devemos fugir de dívidas como da lepra.
Muitos de nossos jovens que desejam educar-se, pouco se preocupam com envolver-se em débitos. Consideram o estudo teórico como a principal maneira de se educar. Não compreendem o valor da educação nos negócios práticos, e ficam satisfeitos em gastar anos e anos se instruindo com recursos de outros, em vez de o fazerem com o próprio trabalho. Não analisam os resultados disso. Não raciocinam da causa para o efeito.
Freqüentemente a conseqüência dessa atitude é um desproporcionado desenvolvimento das faculdades. O aluno não compreende os pontos fracos de seu caráter; não avalia as próprias deficiências. Com o depender dos outros, perde uma experiência da vida prática, que dificilmente recuperará. Não aprende a dependência de si mesmo. Não aprende a exercer fé. A fé genuína habilitará a alma a erguer-se e sair de um estado imperfeito, atrasado, e compreender o que seja a verdadeira sabedoria. Caso os alunos desenvolvam o cérebro, a estrutura óssea e os músculos, de maneira harmônica, serão mais capazes de estudar, mais habilitados a lidar com as realidades da vida. Mas no caso de seguirem as próprias idéias errôneas acerca do que constitui a educação, não virão a ser homens e mulheres devidamente desenvolvidos, bem preparados.
"Bem-aventurado o homem que acha sabedoria, e o homem que adquire conhecimento. Porque melhor é a sua mercadoria do que a mercadoria de prata, e a sua renda do que o ouro mais fino. Mais preciosa é do que os rubis; e tudo o que podes desejar não se pode comparar a ela. Aumento de dias há na sua mão direita; na sua esquerda, riquezas e honra. Os seus caminhos são caminhos de delícias, e todas as suas veredas, paz." Provérbios 3:13-17.
"Toda criatura vivente ... viverá por onde quer que passe este rio." "Porque as suas águas saem do santuário." Ezequiel 47:9, 12.